IA Generativa: Escala com Personalidade

A promessa da IA Generativa no marketing é sedutora: criar conteúdo infinito, em segundos, a custo quase zero. Mas essa promessa esconde uma armadilha perigosa: a comoditização da comunicação. Quando todos usam as mesmas ferramentas com os mesmos prompts, todos soam iguais.

O Problema do "Conteúdo Cinza"

A internet está sendo inundada pelo que chamamos de "Conteúdo Cinza": textos gramaticalmente perfeitos, estruturalmente lógicos, mas completamente desprovidos de alma, opinião forte ou experiência vivida.

O ChatGPT (e similares) é treinado na média da internet. Se você pedir um artigo sobre "Dicas de Vendas", ele vai te dar as dicas médias que todo mundo já deu. Para se destacar, você precisa fugir da média.

A Metodologia "Cyborg Marketing"

O segredo para usar IA em escala não é substituir o humano, mas empoderá-lo. A IA deve ser o estagiário incansável, não o diretor criativo. Veja como estruturar esse fluxo:

1. Ideação Divergente (IA)

Humanos são ruins em gerar volume de ideias rapidamente. IAs são ótimas nisso.
Prompt: "Atue como um estrategista de conteúdo sênior. Gere 50 ideias de pauta contrarian (que desafiam o senso comum) sobre o mercado de SaaS B2B."

2. Curadoria e Direção (Humano)

Você escolhe as 3 melhores ideias. Você define o tom de voz. Você insere a história pessoal que aconteceu com um cliente semana passada. Isso a IA não tem.

3. Expansão e Rascunho (IA)

A IA escreve o primeiro rascunho (o "Vômito Draft"). Isso elimina o bloqueio da página em branco.

4. Refinamento e Personalidade (Humano)

Aqui acontece a mágica. Você reescreve a introdução. Você corta os adjetivos exagerados ("revolucionário", "inovador"). Você insere gírias do seu nicho. Você torna o texto humano.